quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tudo passa pelo corpo

O corpo vai criando memórias ocultas, basta sorrir quando menos se espera, tocar nos cabelos ou mesmo fechar os olhos e se perguntar: já acabou? O corpo espera. Tanto pelo começo quanto pelo fim. O corpo é completo. O corpo diz aquilo que não podemos falar, e ainda assim nos apegamos as palavras. Mas como falar de corpo sem palavras? Aliás escrever sobre corpo torna a palavra corporal, ela não tem sentido e sim formas imagináveis. Quando pensamos no beijo, esboçamos em nossa mente as bocas em uma união perfeita que ao movimento da respiração torna-se sublime. Pois é isso mesmo, corpo é movimento. Até o corpo parado possui movimento. O coração que pulsa, o piscar de olhos, o ar que passeia por cada pulmão. O corpo também sofre. Sofre o peso das nossas decisões, da nossa tensão, enquanto estamos preocupados uma infinidade de músculos se contraem expressando nossos anseios. Ou mesmo relaxam, quando satisfeitos ou descontraídos. O amor passa pelo corpo, a culpa, a raiva, o ressentimento, a frustração, a alegria, o prazer. Sentimentos se misturam a gestos, que passeiam por nossos membros e nos fazem arrepiar, tremer, gemer, adormecer, vibrar. Sons interagem com nosso corpo, com os nossos sentidos. Aromas, cores, sabores, luz e frequencias, para sentirmos, tudo passa antes pelo corpo...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Quero saber

Quero saber se você vem comigo
a não andar e não falar,
quero saber se ao fim alcançaremos
a incomunicação; por fim
ir com alguém a ver o ar puro,
a luz listrada do mar de cada dia
ou um objeto terrestre
e não ter nada que trocar
por fim, não introduzir mercadorias
como o faziam os colonizadores
trocando baralhinhos por silêncio.
Pago eu aqui por teu silêncio.
De acordo, eu te dou o meu
com u te dou o meu
com uma condição: não nos compreender

Pablo Neruda (Últimos Poemas)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

"A vida carrega tanto significado quanto você carrega a capacidade de se surpreender, de se maravilhar. Assim, permaneça sempre aberto. Lembre-se repetidamente de que a vida é infinita. Cada momento lança você de volta à sua origem, cada momento faz de você novamente uma criança." (OSHO)

domingo, 12 de junho de 2011

_ Te cuida! (dissera ele)


e eu ouvi como se fosse um:


_ Te amo!


Martha Medeiros