segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Os dias estão cada vez mais cálidos
Os sons atenuados
O vento, a respiração, a energia dos olhares
Numa espécie de lucidez espacial
entorpecente
O tempo devorando o descanso
O sistema ampliando a solidão
E amor enchendo os pulmões
mas fugindo pelas narinas
pela boca
evaporando na superfície do medo
A meditação, meu chá-chinês
meu silêncio contemplativo
Inspirando tudo isso

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Quem espalha esse medo?
De onde vem os limites que impomos a nós mesmo?
Há algo mais expansivo que o universo e suas camadas surreais?
Procurei alguém para não morrer nesse dia
Pensamento positivo, você pensa, você cria
Mas a solidão é um sistema
Existe uma espécie de protocolo da vida
Eu chamaria de ciclo dos dias
Você acorda, faz coisas superficiais e dorme
E novamente acorda e algumas vezes não dorme
Talvez a carência tenha me deixado um pouco insana
ou budista
Apenas algumas letras sem essência
Inventaram as palavras
Mas não substituem
E eu esperando
Como uma noiva em um jardim japonês