sábado, 29 de dezembro de 2007

Asas divagantes

Nuvens estrondosas sobre a minha cabeça, tornam meus pensamentos nublados.
Caindo, como uma chuva passageira de verão refrescando quando tudo está quente.
Uma criatura mágica disse-me que uma borboleta lampejante com seu brilho iluminaria essa jornada inacabada e um dia receberia minhas merecidas asas.
Essa terra já não me pertence como antes, hoje sou uma intrusa ou talvez um arauto sem destinatário.
Não tenho mais a expressão sutil de outrora; troco as palavras e omito meus atos.Vou embora e retorno, como um bom filho.
Redesenho escolhas, refaço laços e desamarro os cadarços.
Vôo livre com o vento, pelos imensos campos da minha imaginação.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Acaso

Notas de um corpo sem música, evidenciam sensações silenciosas, e o vão do bailar das mãos se apega aos sons de cada suspiro.
Como uma sinfonia a cada movimento; descompassada, relutante à idéia noturna de manifestar-se a favor das estrelas brilhantes.
Um caos sossegado de um coração amargurado, frágil aos ares da noite, que com seu esplendor despe meus desvairados pensamentos.
Formas e aromas a perturbar-me o sono, arrebatando minhas dores em momentos de tênue distração.
Inabaláveis são meus anseios a despertar o contentamento de sentir mais uma alvorada invadir meu corpo.
Borboleteando por esse céu, contemplando o seu vazio, o qual faz questão de escutar-me quando não estou falando.