domingo, 31 de agosto de 2008
Possibly Maybe
Tentei fugir,mas quando me dei conta eu já era outro alguém, e tanto que eu tentei impedir...eu queria, apenas queria e não acreditava. Não era sonho, não era realidade, eram as minhas entranhas no sonho de alguém...apavorado, eu estava tão apavorado, pensando que estava certo, mas não estava e nunca estive. "Talvez”, ele repetia pra si mesmo, com aquela mesma maneira hesitante de sempre; sim ele procurava e eu apenas observava. Ele era um pássaro errante procurando abrigo em meu desatino.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Álvaro de Campos
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Álvaro de Campos
domingo, 24 de agosto de 2008
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
kala
E quando eu adormecer
Não haverá mais nada
Para que eu possa sentir
O aroma-canela
O gosto do mundo
A música das pessoas
A dança das suas bocas.
Os crepúsculos que passei sozinho
A tortuosa espera, por ruas estreitas
A dor tão animadora
que me mantinha vivo.
Os ônibus e suas histórias
Os rostos e seus temores
O cansaço meu Deus! O cansaço
do sem graça.
Os versos que não falei
As letras que não cantei
Os olhos que não roubei.
A esparsa tristeza
A constante agonia
A felicidade sussurrada
A uma vida que não é minha.
Não haverá mais nada
Para que eu possa sentir
O aroma-canela
O gosto do mundo
A música das pessoas
A dança das suas bocas.
Os crepúsculos que passei sozinho
A tortuosa espera, por ruas estreitas
A dor tão animadora
que me mantinha vivo.
Os ônibus e suas histórias
Os rostos e seus temores
O cansaço meu Deus! O cansaço
do sem graça.
Os versos que não falei
As letras que não cantei
Os olhos que não roubei.
A esparsa tristeza
A constante agonia
A felicidade sussurrada
A uma vida que não é minha.
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