E quando eu adormecer
Não haverá mais nada
Para que eu possa sentir
O aroma-canela
O gosto do mundo
A música das pessoas
A dança das suas bocas.
Os crepúsculos que passei sozinho
A tortuosa espera, por ruas estreitas
A dor tão animadora
que me mantinha vivo.
Os ônibus e suas histórias
Os rostos e seus temores
O cansaço meu Deus! O cansaço
do sem graça.
Os versos que não falei
As letras que não cantei
Os olhos que não roubei.
A esparsa tristeza
A constante agonia
A felicidade sussurrada
A uma vida que não é minha.
3 comentários:
demais,uma amadurecida observação de alguém q já há algum tempo muito tem se desgostado do que percebe ao seu redor,contudo nem por isso desiste do lirismo em seus versos introvertidos
Você é muito boa com versos, menina.
E é por isso que eu digo: prefiro me arrepender com o que fiz do que com o que deixei de fazer... ;)
Beijo meu.
Você tenta ser feliz com a dor ainda? Acho que já desisti da façanha... humm..
Beijos.
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