sexta-feira, 8 de agosto de 2008

kala

E quando eu adormecer
Não haverá mais nada
Para que eu possa sentir

O aroma-canela
O gosto do mundo
A música das pessoas
A dança das suas bocas.

Os crepúsculos que passei sozinho
A tortuosa espera, por ruas estreitas
A dor tão animadora
que me mantinha vivo.

Os ônibus e suas histórias
Os rostos e seus temores
O cansaço meu Deus! O cansaço
do sem graça.

Os versos que não falei
As letras que não cantei
Os olhos que não roubei.

A esparsa tristeza
A constante agonia
A felicidade sussurrada
A uma vida que não é minha.



3 comentários:

Priscilla disse...

demais,uma amadurecida observação de alguém q já há algum tempo muito tem se desgostado do que percebe ao seu redor,contudo nem por isso desiste do lirismo em seus versos introvertidos

Bárbara Lemos disse...

Você é muito boa com versos, menina.
E é por isso que eu digo: prefiro me arrepender com o que fiz do que com o que deixei de fazer... ;)

Beijo meu.

Bárbara Lemos disse...

Você tenta ser feliz com a dor ainda? Acho que já desisti da façanha... humm..

Beijos.