segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Pérolas Vespertinas II

Coloquei as mãos no bolso
joguei fora as cinzas
do nosso último encontro
como pode sustentar essa superficialidade?
só charme vazio
o brilho da ilusão.

Vou devorando meus desejos
mordendo meus lábios
até sangrar
perpétuo silêncio
tudo dentro de um só.

Não é mesmo fácil amar
o efêmero.
As linhas do rosto irão se acumular
mas as sensações são passageiras.

Não entrei no trem
esqueci as passagens encima da mesa
junto com o meu copo de solidão.

2 comentários:

Introspectors disse...

Visita pela primeira vez e gostei do que vi. I'll return. =]

Antonio Sávio disse...

Poema dolente, solitário...palavras assim me comovem pela capacidade do realismo que se desenha em cada verso.