domingo, 17 de abril de 2011

Moço coloca sua mão sobre o meu peito e sente o meu coração. Olha nos meus olhos e vê o que não tem mais. Me pega pela mão e me leva para ver outras manhãs. Não sou mais o que você vê. Que pena, agora nem sinto mais dor. Sou aquela jabuticaba caída na grama verdinha da sua casa, minha morada, mobília velha e gasta, bichinhos engraçados que passam no rosto da moça da TV. Vestidos de noiva, hoje já é sexta-feira, noite fervendo, mais um dia só. Acredito no amor das cerejas, são sempre duas em um ramo bifurcado. Tudo feito pra ficar junto. Já deixei de fazer sentido há muito tempo.

Um comentário:

Anônimo disse...

triste e bonito.