Sentada naquela sala olhando para um estranho conhecido, balbuciando coisas tão conscientes, celebrando mais uma de suas histórias (estórias), a vida se delineava em cada traço do seu sorriso. Memórias passeavam pela expressão do seu rosto, arcando as sobrancelhas, mexendo nos cabelos, tocando no nariz, cruzando as pernas, balançando o corpo, franzindo o cenho ou quem sabe algo muito particular quando girava o dedo sobre a unha, como se de lá emanasse uma energia nervosa, mas pensante. Pensar com o corpo, observando, dançando nas entrelinhas do que é dito inconscientemente. E aquela coisa surreal, aqueles pensamentos desnecessários, continuavam a brotar esporicamente a cada segunda, a cada respiração. Ar.
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