quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Assim que fecho os olhos e tomo consciência do meu corpo penso na ausência. A energia que me rodeia inebria, é sutil, plena, entorpece, a ausência também. Meus sentimentos são repletos de dualidades, bebo com carinho seus significados tanto quanto aprecio um bom vinho e suas notas. Carrego em meu peito as horas do passado, as sensações da alma que são atemporais. São apenas delírios que me colocam para dormir. E lá estava novamente cercada pela fumaça dos sonhos, sua forma, sua textura, poderia até sentir seu gosto seco e quente. Mas acontece que sinto a ausência das coisas tangíveis quando fecho meus olhos e quando os abro não há nada lá para olhar. Quando penso na ausência naturalmente associo a pessoas, são extensões de sentimentos, de motivos, das relações. E o que não posso medir? Posso delinear teu corpo, teu rosto, posso segurar as tuas mãos, mas tua essência me transpassa assim como água.

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