terça-feira, 21 de maio de 2013
Tenho passado os dias a navegar
Como se estivesse em um grande barco
Ilhada
e as coisas flutuando ao meu redor
Perdi meus sentidos por esses tempos
Descansei na beira de uma praia que imaginei
Meu corpo sendo aquecido pelo sol
e no meu cabelo sal
A areia me escorre pelas mãos
assim como todas as coisas que pensei que eu poderia pertencer
terça-feira, 7 de maio de 2013
Amor e Morte, a dança do tempo
Amor pleno de vida, desejo, carregado de significados e toques de ternura silenciosa. Morte, fim, silêncio perpétuo e lágrimas. Amor e morte possuem a mesma essência e só podem acontecer agora. É a dança do tempo que não pode parar, a brisa dos dias, a interrogação em nossos olhos.
Costumo sonhar bastante e lembro de tantos detalhes, e em meus sonhos é como se eu tivesse vendo o mundo pela primeira vez. Não compreendo os seus significados, apesar de sentir coisas que não seria capaz de explicar, mas há um entendimento anímico, alguma coisa de pele. E nesse meio tem mais de morte do que amor. Coisas que não querem ser apagadas pelo tempo e estão impressas em cada marca do meu corpo. Mas o amor é rarefeito, ninguém pode detê-lo em si, e isso o torna mais estranho e o mesmo tempo híbrido com a morte.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Tem momentos que são tão intensos que te faz relembrar coisas que já passaram e por algum motivo insistem em ficar no presente. Lembro da primeira vez que vi essa pessoa e imaginei que iríamos ficar juntos de qualquer maneira, e agora é uma espécie de amor do passado que me assombra. Tenho vivido os meus dias cansados e cheios de perspectivas, não diria que é início de uma depressão já que me sinto muito sozinha mesmo ao lado de pessoas queridas. Sinto que me perdi, e estranhamente aquela conexão que me fazia feliz em admirar o outro e pensar que ele poderia me compreender e eu compreendê-lo sumiu. Será uma espécie de amadurecimento tentar ver as coisas como elas são? Ou ficar desanimada ao pensar que as coisas são como são e interpretar errado abandonando tudo que me parece enganar. Sei que sou chegada a detalhes e muito insatisfeita comigo mesma, exijo de mim o melhor e gostaria de oferecer aos outros, mas me vejo tímida ou às vezes sarcástica. Tenho pensado na dualidade da mente, sim e não, gosto e não gosto; olhar as coisas com mais clareza, pensar além. Essa noite que passou pedi para que meus pensamentos cessassem, pensei em evitar qualquer coisa que me desse mais pensamentos, e isso incluindo facebook, os inúmeros blogs que leio, a folha de São Paulo, e todas as coisas que considero interessante. Cheguei a conclusão que preciso de uma espécie que limpeza espiritual, um distanciamento das coisas, como umas férias prolongadas em alguma região com montanhas e frio. Talvez esse desejo venha dos livros da Rosamunde Pilcher, mas sabe-se lá se sempre esteve aqui comigo. E o mais engraçado da vida, é que quando começo nesse estado reflexivo e um pouco desanimador tenho que admitir que coisas incríveis acontecem, como se alguém estivesse do meu lado, não deste mundo, desta forma que somos, mas está me apoiando nos momentos difíceis. Quando olho para as pessoas parece que sinto o que se passa, não como realmente é, mas em forma de energia, que pode fazer bem ou não. E tem pessoas que merecem um pouco de atenção, mas são como água, toda a aproximação transpassa-me. Sinto falta de muita coisa, me sinto muito mal a saber de suicídios, leio livros pela metade, gosto de ficar sozinha em alguns momentos, descobri que é uma necessidade, tento não me apegar as pessoas pra não sofrer, sempre procuro deixá-las livres e sofro em silêncio, mas falo coisas demais. Todo ano que se passa é uma desconstrução, quando o meu desejo é apenas meditar e silenciar a mente como oração, uma prece ao tempo.
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