quinta-feira, 2 de maio de 2013

Tem momentos que são tão intensos que te faz relembrar coisas que já passaram e por algum motivo insistem em ficar no presente. Lembro da primeira vez que vi essa pessoa e imaginei que iríamos ficar juntos de qualquer maneira, e agora é uma espécie de amor do passado que me assombra. Tenho vivido os meus dias cansados e cheios de perspectivas, não diria que é início de uma depressão já que me sinto muito sozinha mesmo ao lado de pessoas queridas. Sinto que me perdi, e estranhamente aquela conexão que me fazia feliz em admirar o outro e pensar que ele poderia me compreender e eu compreendê-lo sumiu. Será uma espécie de amadurecimento tentar ver as coisas como elas são? Ou ficar desanimada ao pensar que as coisas são como são e  interpretar errado abandonando tudo que me parece enganar. Sei que sou chegada a detalhes e muito insatisfeita comigo mesma, exijo de mim o melhor e gostaria de oferecer aos outros, mas me vejo tímida ou às vezes sarcástica. Tenho pensado na dualidade da mente, sim e não, gosto e não gosto; olhar as coisas com mais clareza, pensar além. Essa noite que passou pedi para que meus pensamentos cessassem, pensei em evitar qualquer coisa que me desse mais pensamentos, e isso incluindo facebook, os inúmeros blogs que leio, a folha de São Paulo, e todas as coisas que considero interessante. Cheguei a conclusão que preciso de uma espécie que limpeza espiritual, um distanciamento das coisas, como umas férias prolongadas em alguma região com montanhas e frio. Talvez esse desejo venha dos livros da Rosamunde Pilcher, mas sabe-se lá se sempre esteve aqui comigo. E o mais engraçado da vida, é que quando começo nesse estado reflexivo e um pouco desanimador tenho que admitir que coisas incríveis acontecem, como se alguém estivesse do meu lado, não deste mundo, desta forma que somos, mas está me apoiando nos momentos difíceis.  Quando olho para as pessoas parece que sinto o que se passa, não como realmente é, mas em forma de energia, que pode fazer bem ou não. E tem pessoas que merecem um pouco de atenção, mas são como água, toda a aproximação transpassa-me. Sinto falta de muita coisa, me sinto muito mal a saber de suicídios, leio livros pela metade, gosto de ficar sozinha em alguns momentos, descobri que é uma necessidade, tento não me apegar as pessoas pra não sofrer, sempre procuro deixá-las livres e sofro em silêncio, mas falo coisas demais. Todo ano que se passa é uma desconstrução, quando o meu desejo é apenas meditar e silenciar a mente como oração, uma prece ao tempo. 

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