domingo, 27 de fevereiro de 2011

Soprando sonhos

Acordar domingo pela manhã quando no final de semana o caos assumiu vida própria é um pouco difícil. O tédio se espalhou pela casa e o tédio era eu. Fiquei mal, me senti tão sozinha, o que me restou foi dormir. Mas dormir cansa, e tristeza demais também. Precisava desabar mas não tinha ninguém e o problema era que não sabia desabar, e essa foi a conversa que tive com um amigo, um querido amigo, o Gustavo, que me deu um ombro amigo pela janelinha do msn. Obrigada querido e amado amigo!

Os dias em Lagunas estão sendo tristes e não há um motivo em especial. Talvez seja o fato de estar muito sozinha e não me esforçar para buscar companhia. E por um momento de lucidez parei para pensar no que minha vida se transformou. Por que uma coisa é você ficar triste, outra é você parar pra pensar, e parar mesmo e se perguntar: "O que tenho sido?". Tenho guardado muitas mágoas por esses tempos e levado a vida tão a sério, que acabei assim. Conseguir transformar o que sinto em uma realidade mutável é o que tanto quero. Isso está me cansando.

Laguna está cinza e eu também.


by Alexandre Brandl


Admito que esse domingo combinou perfeitamente com o meu humor. O dia frio e chuvoso acabou me dando uma idéia, aliás quem me deu a idéia foi a Lolla do blog Hello Lolla, lá tem tantas coisas adoráveis, e hoje fui fazer uma visitinha rápida e encontrei uma receita de um bolinho de limão com iogurte, foi então que resolvi me aventurar pela cozinha: coloquei Joe Hisaishi no som e tive uma tarde agradável. Fiz o bolo com algumas alterações, como não tinha mirtilos e framboesas no mercado, coloquei cereja no bolo, e foi aprovado pela família, menos o lemon curd que tentei fazer pra colocar no bolo e servir de acompanhamento também, ficou muito ácido. Mas farei de novo o bolinho e postarei aqui com fotos.


Aproveitando os bons ventos que decidiram soprar nesses dias tão estranhos e solitários, assisti a uma apresentação fantástica promovida pelo SESC aqui de Laguna que vale a pena deixar registrado. A apresentação musical tinha como compositor o músico Felipe Coelho no violão de 7 cordas, Elias Vicente e Tales Custódio no violino, Marcos Origuella na viola, e, Frederico Malverde no violoncelo. O CD "Cata vento", o qual comprei, tem influência do jazz, da música oriental e espanhola (ambas gosto muito) e da música contemporânea brasileira, que lembram trilha sonora de filme, aliás quando estava assistindo lembrei muito do compositor japonês Joe Hisaishi, cuja música faz lembrar paisagens incríveis. Como se estivesse viajando em um trem por regiões montanhosas, vastos campos, etc.
M a r a v i l h o s o!




Há um tempo atrás em uma visita aos meus tios em Joinville, comprei um CD bem bacana, que costumo escutar quando decido cozinhar ou criar um clima especial.
É o "Half the perfect world" da Madeleine Peyroux.
Com o clima da música "La Javanaise" espero começar mais uma semana bem.

La Javanaise

"La vie ne vaut d'etre vécue sans amour - A vida não vale a pena ser vivida sem amor"


Uma ótima semana pra quem passar por aqui!

sábado, 26 de fevereiro de 2011


Lordy don't leave me
All by myself
Good time's the devil
I'm a force of heaven
Lordy don't leave me
All by myself
So many time's I'm down
Down down
With the ground
Lordy don't leave me
All by myself
Whoa, in this world
Lordy don't leave me
All by myself

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quando decidi fazer filosofia pela por não saber mais o que cursar achei que todos os meus problemas estariam resolvidos. Conheceria gente nova, que pensaria diferente e que gostaria de filosofia como eu. Não foi bem assim. Então quando pensei em me mudar de cidade achei que todos os meus problemas estariam resolvidos. Conheceria gente nova, moraria em uma cidade maior e faria coisas que gostaria e que não tem aqui. Não foi bem assim. Então quando decidi que filosofia ia ficar pra mais tarde e que morar em outra cidade não iria satisfazer meus desejos e meu bolso, resolvi ficar na mesma cidade e percorrer um caminho totalmente diferente do que imaginava para mim. Comecei um curso de tecnologia que por ser só dois anos e meio e novo, coloquei muitas expectativas. Depois no meio do caminho comecei outro curso, que por ser a distância conseguiria conciliar os dois cursos e futuramente teria duas opções. Está sendo bem assim. Continuo nesse caminho que me abriu outros caminhos, uma coisa foi me levando a outra, acho que por isso dificilmente recuso o que me aparece pela frente. Abandonei minha religião, comecei outra doutrina, abandonei essa doutrina, e logo começarei outra, se é religião ou doutrina, isso já não tem importância. Costumo colocar nomes nas coisas para tentar explicá-las, mas acho que isso só tem destruído a essência delas. Pois gostaria de me ver livre de tudo isso que até agora criei para mim: as faculdades, as músicas que gosto, os livros que li, as pessoas que conheço, a família, as coisa que eu acredito e admiro. Tudo isso não faz sentido se é pra se esconder ou tentar ser algo a mais com certas singularidades. Não tem nada de autêntico nisso, só uma palavra resume: fuga!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ritmo e consciência

Atraída pelas diferentes formas de exploração interior, como técnicas de respiração, utilização de cores na harmonização do organismo, meditação, dança, yoga, tai chi chuan, lian gong, entre muitas outras que só ouvi falar o nome, que é o caso da Taketina, descobri o quanto a percussão tem influência sobre o meu estado de espírito. Exemplo dessa influência está na prática xamânica:

"Os instrumentos de percussão servem para despertar a emoção e a conscientização interior. As práticas xamanistas usam o tambor para alterar o estado de consciência e levar ao transe espiritual. Os fieis se concentram no ritmo e acompanham a batida como se fizessem uma viagem mítica interior, buscando alcançar níveis de consciência que em geral são inacessíveis. No xamanismo, o tambor estabelece um tipo de ponte que leva o xamã a entrar em contato com um estado mágico de consciência."
A evolução de cada batida te leva a um estado diferente do interior, há um despertar a cada fase da sua consciência, como se aos poucos você fosse libertando algo, sem necessidade de meditação ou ritmos lento, pelo contrário compassos fortes e vibrantes.

"Os ritmos estimulam a energia física. A percussão pode ser um meio de aumentar o fluxo sanguíneo do corpo, acelerar ou diminuir o batimento cardíaco e afetar os órgãos ligados ao coração."

Somos influenciados pela energia ao nosso redor, pois somos um sistema energético.

"Nossos pensamentos e emoções levam a várias freqüências de estímulos eletromagnéticos que interagem com os bioquímicos."

"Se estivermos num ambiente onde as emoções e os pensamentos negativos predominarem - venham ou não de nós - essas vibrações irão se impor ao campo energético pessoal de todos, levando uns a entrarem em sintonia com os outros. Se ignorados ou se acumulados, desvirtuam o fluxo básico da vida tornando o homem mais suscetível às doenças. As energias negativas em geral se armazenam no corpo etéreo (o campo energético eletromagnético mais próximo ao corpo) e nos chakras. Se não houver uma limpeza permanente desses resíduos energéticos negativos e estáticos, toda a energia do organismo físico vai se contaminar."

Sem me aprofundar no assunto que não domino, mas acreditando que as energias que fluem para dentro e para fora do organismo influenciam significativamente nossos estados anímicos, na voz de Lori Cotler e nas batidas de Glen Velez poderão encontrar um pouco do que disse anteriormente.

Vídeo: Drum Language
Referência: Princípio sagrado do ritmo. http://www.xamanismo.com.br/Poder/SubPoder1191194884It002