quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quando decidi fazer filosofia pela por não saber mais o que cursar achei que todos os meus problemas estariam resolvidos. Conheceria gente nova, que pensaria diferente e que gostaria de filosofia como eu. Não foi bem assim. Então quando pensei em me mudar de cidade achei que todos os meus problemas estariam resolvidos. Conheceria gente nova, moraria em uma cidade maior e faria coisas que gostaria e que não tem aqui. Não foi bem assim. Então quando decidi que filosofia ia ficar pra mais tarde e que morar em outra cidade não iria satisfazer meus desejos e meu bolso, resolvi ficar na mesma cidade e percorrer um caminho totalmente diferente do que imaginava para mim. Comecei um curso de tecnologia que por ser só dois anos e meio e novo, coloquei muitas expectativas. Depois no meio do caminho comecei outro curso, que por ser a distância conseguiria conciliar os dois cursos e futuramente teria duas opções. Está sendo bem assim. Continuo nesse caminho que me abriu outros caminhos, uma coisa foi me levando a outra, acho que por isso dificilmente recuso o que me aparece pela frente. Abandonei minha religião, comecei outra doutrina, abandonei essa doutrina, e logo começarei outra, se é religião ou doutrina, isso já não tem importância. Costumo colocar nomes nas coisas para tentar explicá-las, mas acho que isso só tem destruído a essência delas. Pois gostaria de me ver livre de tudo isso que até agora criei para mim: as faculdades, as músicas que gosto, os livros que li, as pessoas que conheço, a família, as coisa que eu acredito e admiro. Tudo isso não faz sentido se é pra se esconder ou tentar ser algo a mais com certas singularidades. Não tem nada de autêntico nisso, só uma palavra resume: fuga!

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