Como uma dança, um parceiro amargo e um tango matematicamente calculado.Os dias passam como uma milonga triste, aos ventos gelados, espalhando acre sensabor.
E a fumaça aos céus, nublando os bons ares, de uma queima sem fogo.
Uma lágrima pela arte, á qual se esconde no cotidiano, que a vida faz questão de passar em preto e branco.E o choro vem depois, inesperado, ardente e cansado.De um dia após outro.
Romances do século XVIII, tangos de Piazzolla, ballets de Tchaikovsky, Passos de Isadora Duncan, expressão de Graham, gritos de Björk, livros de Kafka, cello e piano...e toda uma história dentro de um só.Talvez sirva de inspiração, ou pinte o dia com vermelho profundo.
O tempo ao nascer do sol impregna febre em um cérebro atormentado por devaneios e realidade.
Divagando, tropeçando em palavras, teoricamente sem regras, indigno de aplausos, admiração ou mesmo ódio.
Claro ou escuro, serei sempre suscetível a mim mesmo.