domingo, 30 de janeiro de 2011

Toda mulher é um labirinto

Há dias venho pensando em como as mulheres agem com os homens no âmbito amoroso. Tenho observado que não estão satisfeitas em momento algum e quando estão não parece sincero. Qualquer mulher tem um potencial incrível para ter o que realmente deseja, mas estão limitadas pelas ações dos homens. Pode parecer feminista ou sei lá o que se encaixa melhor nessa opinião, pois acredito que os homens são limitados sim, não os vejo tentar fazer uma mulher feliz, e se tentam é porque juntam fragmentos de desejos que a mulher deixa no ar. O mais importante não está nas reclamações, nas conversas sobre o que se é ou o que se quer, a mulher não é o que aparenta. Ela tem que se adaptar a uma realidade que logo a cansará a ponto de não querer homem algum. O femino tem muitas responsabilidades, enquanto o homem tem o poder da iniciativa a mulher tem o da entrega. O masculino tem muitos desafios, um deles e talvez o mais revelador que é o de encarar o labirinto que é toda mulher. Ela não tem motivo para se mostrar, sua energia consiste em ser explorada de modo selvagem e sutil. Ao contrário do homem, pois sua energia muitas vezes representada pelo fogo, pelo calor, necessita dominar, ela que é a exploradora. A questão onde gostaria de chegar é no fato que ambos se completam, masculino e feminino, mas venho observado a constante desordem desses símbolos nos relacionamentos. É necessário pensar que a insatisfação com o outro seja um momento de reflexão, não aquele que temos que ver quem ou quando alguém errou, mas uma oportunidade para sermos criativos diante das adversidades de um relacionamento. Gostaria de ver os casais irem um pouco mais longe do que costumam ir, que mergulhassem no mistério que emana do outro, conhecer o outro como se fosse a primeira pessoa que visse no mundo. Quase tudo que vemos pela primeira vez desperta um interesse incomum e sensações únicas. Todo tipo de relação poderia ser assim, sem qualquer influência externa ou interna. Desse modo haveria uma nova dimensão diante do outro que talvez fosse o suficiente para amar sem condições. Porque estamos cheios de preconceitos, conceitos, estamos condicionados com aquilo que nos é dados todo dia. Este é outro ponto que venho pensado a dias. Fui moldada de acordo com a minha realidade, regras, comportamentos, até minha maneira de pensar de modo algum é autêntica. Esquecer do que construiu pra si, olhar as pessoas como elas são, olhar com liberdade, é enlouquecedor. Da mesma forma que acredito que toda a mulher é um labirinto, e que isso é de enlouquecer.

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