O que sentiu ao pegar aquele livro nas mãos ultrapassava qualquer explicação lógica. Era como estar em outra década, a mesma da publicação talvez, se sentiu inspirada, como quando ouvia uma música ou admirava uma imagem e aquilo lhe perturbaria a alma até descobrir o que havia ocorrido naquele segundo em que tudo existia ao mesmo tempo que nada. Poderia viver qualquer coisa, mas isso era inexplicável, era divino, ou melhor, profano e perigoso para a sanidade. Como amava a escrita, a transposição das idéias em um livro. E lá estava ele eterno, quem dirá que no momento que abri a página não era ele que estava do meu lado? Talvez sentado, fumando um cigarro e sorrindo ou mesmo irritado: Júlio Cortázar!
2 comentários:
Eu lembro do seu Blog!! Que bom estar por aqui de novo.
Não seria ótimo sentir a baforada de charuto do Señor Cortazar enquanto folheias o livro?
Achei charuto muito sexual! haha
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