sexta-feira, 25 de abril de 2008

Rapsódia

Sabe quando você sente que determinado momento é uma despedida?
Envolto em uma nostálgica e melancólica noite, escuto aos fundos uma valsa ou um simples canto do adeus.
Tão cedo, sem rima, platéia ou laços amigos.Tenho que desatar os nós sozinho, mas sinto que aos poucos irei acabando-me e tornando-me um alguém que veio para ficar, tomando o lugar do que já fui e não serei mais.
Não usei a delicadeza, a paciência, o tempo não permitiu, foi arrancando essências e superficialidades das quais não preciso mais.
Ah, e as pedras!Foram colocadas em meu caminho de modo que me aborrecesse com elas, e triturasse a minha tolerância perante a vida.A vida das pessoas.
E quem sou eu agora?Alguém que aprendeu que não aprendeu nada?Alguém que fez que os erros não tivessem valor?Que fingiu ser honesto consigo mesmo, e o tempo todo usou o seu orgulho?Alguém?Se é que mereço esse título!
A única coisa de que tenho certeza é que os erros, esses sim eu faço questão de repetí-los em um cenário novo.

Um comentário:

Gustavo Machado disse...

Nós mesmos produzimos cenários próprios, ocasioados por circunstâncias, mas feitos por nossa imaginação. É, realmente as palavras são traiçoeiras.