quinta-feira, 5 de julho de 2007

Novamente

Não quero pensar que em algum momento fui indiferente a tantas reações excitantes.
Jamais.
Calúnia minha em relação ao que penso; desculpas eu peço, traí minhas expectativas.
As coisas mudam, não de lugar e sim de estações.
Louca eu imaginar que tudo permaneceria genuíno e inocente.
Malditos números, talvez se não existissem dessa maneira esqueceria que tudo envelhece.
E não esperaria por muito tempo sentado aqui debaixo da nuvem negra e da árvore marrom.
Enquanto a chuva não chega, eu fico aqui amaldiçoando as horas e o sol maldito também.
Preocupo-me com o que vem depois; por isso não vivo.Sonho e vejo tudo passar.
Não quero ser lembrada, nem que meu nome seja lapidado, de maneira alguma.
Quero permanecer lapidada na vida, depois a morte há de se encarregar com o que fazer de meu nome.
E por favor, nada de números.
Já não basta minha vida - relógio?
Eu quero uma porção de formas!Nada de rodas...
As rodas já passaram por minha vida com um azul intenso sobre um sol alaranjado.
Só me restam as notas, os ponteiros, botões, pontos, cantos, sinais e algo mais.
Os meus pensamentos latejantes.

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