Nuvens estrondosas sobre a minha cabeça, tornam meus pensamentos nublados.
Caindo, como uma chuva passageira de verão refrescando quando tudo está quente.
Uma criatura mágica disse-me que uma borboleta lampejante com seu brilho iluminaria essa jornada inacabada e um dia receberia minhas merecidas asas.
Essa terra já não me pertence como antes, hoje sou uma intrusa ou talvez um arauto sem destinatário.
Não tenho mais a expressão sutil de outrora; troco as palavras e omito meus atos.Vou embora e retorno, como um bom filho.
Redesenho escolhas, refaço laços e desamarro os cadarços.
Vôo livre com o vento, pelos imensos campos da minha imaginação.
sábado, 29 de dezembro de 2007
sábado, 15 de dezembro de 2007
Acaso
Notas de um corpo sem música, evidenciam sensações silenciosas, e o vão do bailar das mãos se apega aos sons de cada suspiro.
Como uma sinfonia a cada movimento; descompassada, relutante à idéia noturna de manifestar-se a favor das estrelas brilhantes.
Um caos sossegado de um coração amargurado, frágil aos ares da noite, que com seu esplendor despe meus desvairados pensamentos.
Formas e aromas a perturbar-me o sono, arrebatando minhas dores em momentos de tênue distração.
Inabaláveis são meus anseios a despertar o contentamento de sentir mais uma alvorada invadir meu corpo.
Borboleteando por esse céu, contemplando o seu vazio, o qual faz questão de escutar-me quando não estou falando.
Como uma sinfonia a cada movimento; descompassada, relutante à idéia noturna de manifestar-se a favor das estrelas brilhantes.
Um caos sossegado de um coração amargurado, frágil aos ares da noite, que com seu esplendor despe meus desvairados pensamentos.
Formas e aromas a perturbar-me o sono, arrebatando minhas dores em momentos de tênue distração.
Inabaláveis são meus anseios a despertar o contentamento de sentir mais uma alvorada invadir meu corpo.
Borboleteando por esse céu, contemplando o seu vazio, o qual faz questão de escutar-me quando não estou falando.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Arpejos
Uma linha tênue ao encontro do eco
pontua nossa escuridão
Desfaz promessas de outrora
de tempos que mal começaram
de fim intermináveis
meu ser em convulsão
como as lavas frias de um vulcão
próspero e ardente
encontrou seu lugar
e longe de nossos olhos
há um horizonte
sobre o qual nossas bocas profanas
irão se imortalizar
pontua nossa escuridão
Desfaz promessas de outrora
de tempos que mal começaram
de fim intermináveis
meu ser em convulsão
como as lavas frias de um vulcão
próspero e ardente
encontrou seu lugar
e longe de nossos olhos
há um horizonte
sobre o qual nossas bocas profanas
irão se imortalizar
sábado, 17 de novembro de 2007
Cordas Vocais
Como descrever o que está sentindo, se você tem vontade de esfaquear um gatinho?
Acho que exagerei, mas enfim um gato a menos não iria fazer falta, pois são traiçoeiros e mimados.
Então deparo com um grande problema, olho para todos os lados e não há gatos!É uma pena, pois um gritinho sofredor soaria como notas de um violino.
Meus pensamentos assassinos não me levam a lugar algum, e minha aversão há alguns sentimentos humanos só pioram as coisas.
Vou em busca de perguntas sem respostas, e por incrível que pareça são questões muito claras e óbvias demais para minha mente ilógica.
Fantasio tudo; mas na realidade uma onda de hipocrisia toma conta de mim e ironizo meus princípios, o dia acaba por passar mais divertido.
Sorrisos falsos e braços castos e o dia vem para acabar, aliás faz questão de ter um fim impróprio.
Idiossincrático as minhas reações, meu comportamento não tem bula e minha alegria sem manual.
Estafermo, acho que não tem solução.Estagno em minha depressão, em minhas lágrimas em disfunção.
Abandono-me, não suporto-me, não vou tolerar-me mais.
Inativo e indescritível, absolutamente indemonstrável.
Quatro paredes me levam a loucura, o vento a castigar meus ouvidos, a noite a transtornar minha alma, todas as coisas dentro de um só.
Suicido o desnecessário, afinal tudo é muito simples, muito pouco, inusitado.
E mesmo assim minhas entranhas tremem a dor de um peito apertado.
Acho que exagerei, mas enfim um gato a menos não iria fazer falta, pois são traiçoeiros e mimados.
Então deparo com um grande problema, olho para todos os lados e não há gatos!É uma pena, pois um gritinho sofredor soaria como notas de um violino.
Meus pensamentos assassinos não me levam a lugar algum, e minha aversão há alguns sentimentos humanos só pioram as coisas.
Vou em busca de perguntas sem respostas, e por incrível que pareça são questões muito claras e óbvias demais para minha mente ilógica.
Fantasio tudo; mas na realidade uma onda de hipocrisia toma conta de mim e ironizo meus princípios, o dia acaba por passar mais divertido.
Sorrisos falsos e braços castos e o dia vem para acabar, aliás faz questão de ter um fim impróprio.
Idiossincrático as minhas reações, meu comportamento não tem bula e minha alegria sem manual.
Estafermo, acho que não tem solução.Estagno em minha depressão, em minhas lágrimas em disfunção.
Abandono-me, não suporto-me, não vou tolerar-me mais.
Inativo e indescritível, absolutamente indemonstrável.
Quatro paredes me levam a loucura, o vento a castigar meus ouvidos, a noite a transtornar minha alma, todas as coisas dentro de um só.
Suicido o desnecessário, afinal tudo é muito simples, muito pouco, inusitado.
E mesmo assim minhas entranhas tremem a dor de um peito apertado.
domingo, 11 de novembro de 2007
Verdes Loucuras
Sabe quando você tem todas as notas na sua cabeça?E você machuca todos os seus dedos, pois o que a mente sabe do corpo está separado.Como um corpo sem alma ou uma música sem compasso.
E no ápice do meu desespero nem um breve tango acompanha meu andar descompassado, meu pensamento desvairado.
As atrocidades que cometi, o tempo que deixei passar, a droga que deixei estabeler-se em meu ser como uma praga.
A carne dilacerada, o coração acelerado e uma boca sem palavras.
Todas as coisas em uma única e fraca estação, onde o sol não brilha mais.
Um fim cortado; os móveis estão fora de ordem, as plantas não foram regadas, as cartas sem destinatários.
Tudo voltou-se a mim, ou melhor contra mim, me punindo por causa da covardia, ou será a minha vida vazia?
Momentos, eu sei que não dependem de mim...eu posso obedecer todas as regras; domesticada, disciplinada, mesmo assim serei eu mesma.
Apesar de estar corrompida pelos meus inúteis desejos, eu ainda sei o que é melhor para mim, e sei que quanto a isso nada vai me convencer.
Sei que as oscilações do meu temperamento, o enfraquecimento do meu corpo e o desgosto da minha alma; são imparciais ao tempo.
Que tudo que ouço não passa de mero aborrecimento, afinal todos sempre tem algo a dizer.E que as palavras sutis ferem cruelmente.E que o silêncio afaga meu espírito.
Vou arrancando as flores do meu caminho, sentindo o aroma dos campos verdes e dourados.
Atento aos olhares menos curiosos de grandes cidades.Ao tráfico de um dia nublado.
Inventando um mundo dentro de outro, do qual não me separo jamais.
E no ápice do meu desespero nem um breve tango acompanha meu andar descompassado, meu pensamento desvairado.
As atrocidades que cometi, o tempo que deixei passar, a droga que deixei estabeler-se em meu ser como uma praga.
A carne dilacerada, o coração acelerado e uma boca sem palavras.
Todas as coisas em uma única e fraca estação, onde o sol não brilha mais.
Um fim cortado; os móveis estão fora de ordem, as plantas não foram regadas, as cartas sem destinatários.
Tudo voltou-se a mim, ou melhor contra mim, me punindo por causa da covardia, ou será a minha vida vazia?
Momentos, eu sei que não dependem de mim...eu posso obedecer todas as regras; domesticada, disciplinada, mesmo assim serei eu mesma.
Apesar de estar corrompida pelos meus inúteis desejos, eu ainda sei o que é melhor para mim, e sei que quanto a isso nada vai me convencer.
Sei que as oscilações do meu temperamento, o enfraquecimento do meu corpo e o desgosto da minha alma; são imparciais ao tempo.
Que tudo que ouço não passa de mero aborrecimento, afinal todos sempre tem algo a dizer.E que as palavras sutis ferem cruelmente.E que o silêncio afaga meu espírito.
Vou arrancando as flores do meu caminho, sentindo o aroma dos campos verdes e dourados.
Atento aos olhares menos curiosos de grandes cidades.Ao tráfico de um dia nublado.
Inventando um mundo dentro de outro, do qual não me separo jamais.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Dia
Aqueles dias
Guardados na memória
Que falha tentando reviver o futuro
Que hoje é passado
E se o futuro é o presente
Nesse exato momento não significa nada
Apagaria todas as lembranças
Até as mais doces
Pois o que já foi dói mais agora
Perfurando todas as sensações com tristeza
Mesmo na alegria, como um relâmpago de felicidade...
Desapareceu
Guardados na memória
Que falha tentando reviver o futuro
Que hoje é passado
E se o futuro é o presente
Nesse exato momento não significa nada
Apagaria todas as lembranças
Até as mais doces
Pois o que já foi dói mais agora
Perfurando todas as sensações com tristeza
Mesmo na alegria, como um relâmpago de felicidade...
Desapareceu
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Trejeito
De tudo que restou nada sobrou; nenhum romance em mim ou parábola de amor.Fez-se humanidade meu pranto de princípios misantropo.Quando alguém vale mais que uma palavra e ruma para longe, onde a visão não pode alcançar, e só os loucos entendem com seus pensamentos desvairados sem fim.Me perdi nas montanhas por entre as brumas; desvalido, uma iconolatria para seu jogo, enfim sem armas, descomunal ao cansaço.Meus joelhos tangentes pelo ar tropeçam em momices minhas; indiferente à ação do tempo ignora minha direção.As estrelas indicam um trajeto suspeito, onde só meus passos divagantes ousam passar.Conhecendo a noite traiçoeira, bebo do seu doce veneno para me acalmar e sentir a íntima solidão.Meu corpo estremece aos primeiros raios de sol; ínfimos receios, desejos ao avesso.E pensando que tudo teria um fim incomensurável, um elo entre o que sou e o que não sou.Mesmo sabendo que sou apenas metade.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Sol pela boca
Queria levar uma vida “surrealista”. Não sentir raiva quando for humilhada, não ficar depressiva quando for rejeitada, orgulho ou pena.
Ser indiferente a mesquinharia, a inveja e a solidão. Fechar os olhos para a verdade...
Fingir que minhas momices são virtudes, que a dor é lição, o que não destrói fortalece, que acredito em Deus.
Andar pela rua lentamente respirando ar puro, vendo arte nos outdoors.
Simplicidade na face das pessoas, humildade no sorriso, coisas pequenas de grande valor.
Que o ciúme e a traição são necessários para uma relação equilibrada; a violência conseqüência de quem não tem nada.
Mal e bem se completam,doce e amargo, aromas e fragrâncias.
E tudo somente cores, ar livre, público e aplausos.Que esse circo fosse apenas provisório.
Ser indiferente a mesquinharia, a inveja e a solidão. Fechar os olhos para a verdade...
Fingir que minhas momices são virtudes, que a dor é lição, o que não destrói fortalece, que acredito em Deus.
Andar pela rua lentamente respirando ar puro, vendo arte nos outdoors.
Simplicidade na face das pessoas, humildade no sorriso, coisas pequenas de grande valor.
Que o ciúme e a traição são necessários para uma relação equilibrada; a violência conseqüência de quem não tem nada.
Mal e bem se completam,doce e amargo, aromas e fragrâncias.
E tudo somente cores, ar livre, público e aplausos.Que esse circo fosse apenas provisório.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
metamorfose
amo um vulto
do que já foi
do que é
do que não sei
quem sabe um dia virá
mesmo que em forma de ar
ou em tempo futuro
mas que devolva a minha paz
porque viver assim não dá mais
sem rumo
sem cor
sem dor
amar o inacessível
daquele cuja a sombra inexiste
os passos não ficam na areia
o beijo ultrapassa qualquer sensação
sonho
delírio
Perdoa a minha mente
que farfalla ligeira
em lugar algum
como uma borboleta que quer voltar para o casulo
do que já foi
do que é
do que não sei
quem sabe um dia virá
mesmo que em forma de ar
ou em tempo futuro
mas que devolva a minha paz
porque viver assim não dá mais
sem rumo
sem cor
sem dor
amar o inacessível
daquele cuja a sombra inexiste
os passos não ficam na areia
o beijo ultrapassa qualquer sensação
sonho
delírio
Perdoa a minha mente
que farfalla ligeira
em lugar algum
como uma borboleta que quer voltar para o casulo
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
O estado de ser
As memórias ocupam o espaço do presente
como se viver de passado valesse
As mãos buscam no nada abrigo
fugindo do sentido...
como se viver de passado valesse
As mãos buscam no nada abrigo
fugindo do sentido...
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Música
Laços passeiam pelo corpo recém adormecido
Nu sobre a face do destino
No seu ponto mais forte frágil cristal
Baila aos sons de sinos
Transpira notas coloridas
É a alma de alguém
Púrpura e genuína
Em valsa sem par
Com passos leves e firmes
Beleza e esforço
Entoam cantos vitoriosos
De dias gloriosos
Que parecem sem fim
Como uma caixinha de música
Em que a bailarina não para de dançar
Nu sobre a face do destino
No seu ponto mais forte frágil cristal
Baila aos sons de sinos
Transpira notas coloridas
É a alma de alguém
Púrpura e genuína
Em valsa sem par
Com passos leves e firmes
Beleza e esforço
Entoam cantos vitoriosos
De dias gloriosos
Que parecem sem fim
Como uma caixinha de música
Em que a bailarina não para de dançar
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Morangos azedos e tango
Como uma dança, um parceiro amargo e um tango matematicamente calculado.Os dias passam como uma milonga triste, aos ventos gelados, espalhando acre sensabor.
E a fumaça aos céus, nublando os bons ares, de uma queima sem fogo.
Uma lágrima pela arte, á qual se esconde no cotidiano, que a vida faz questão de passar em preto e branco.E o choro vem depois, inesperado, ardente e cansado.De um dia após outro.
Romances do século XVIII, tangos de Piazzolla, ballets de Tchaikovsky, Passos de Isadora Duncan, expressão de Graham, gritos de Björk, livros de Kafka, cello e piano...e toda uma história dentro de um só.Talvez sirva de inspiração, ou pinte o dia com vermelho profundo.
O tempo ao nascer do sol impregna febre em um cérebro atormentado por devaneios e realidade.
Divagando, tropeçando em palavras, teoricamente sem regras, indigno de aplausos, admiração ou mesmo ódio.
Claro ou escuro, serei sempre suscetível a mim mesmo.
sábado, 18 de agosto de 2007
exprinexprimível
Os sorrisos estão à mostra
Estampados em uma velha calça jeans
Exposta ao ardente sol, formou-se buracos
Uma ferida que não cessa
O sangue que não para de jorrar
O mal lavado
A mancha que não sai
Quem está à procura sempre acha
Uma estrela sozinha, em uma jornada vazia...
Hipnotizado pelos ares azulados
De uma janela gradeada
Esperando por alguém que não vem
Os sorrisos estão à mostra
Desenhados em um vestido de verão
Em um sol sempre a brilhar
Redesenhando escolhas
Motivando o futuro
As horas
Os lugares sem comparecimento
Os bancos gelados
As portas abertas
As salas de ninguém
Os sorrisos estão à mostra
Esculpidos no rosto
Ocultos
Esquecidos
Inexistentes
Estampados em uma velha calça jeans
Exposta ao ardente sol, formou-se buracos
Uma ferida que não cessa
O sangue que não para de jorrar
O mal lavado
A mancha que não sai
Quem está à procura sempre acha
Uma estrela sozinha, em uma jornada vazia...
Hipnotizado pelos ares azulados
De uma janela gradeada
Esperando por alguém que não vem
Os sorrisos estão à mostra
Desenhados em um vestido de verão
Em um sol sempre a brilhar
Redesenhando escolhas
Motivando o futuro
As horas
Os lugares sem comparecimento
Os bancos gelados
As portas abertas
As salas de ninguém
Os sorrisos estão à mostra
Esculpidos no rosto
Ocultos
Esquecidos
Inexistentes
domingo, 12 de agosto de 2007
Sem problemas.Conspiras contra minha inspiração, ou talvez transpiração.
Seja como for eu não desisto, o que há dentro da minha cabeça, não tem porque de existir e nem tempo.
Tenta controlar-me em vão.O que penso é somente meu e nenhuma força conseguirá arrancar isso de mim, muito menos compartilhar as dores e alegrias que habitam meu ser.
Posso fazer parte de muitas vidas e nada significar a elas.Pouco me importa, as vidas que realmente devem se encontrar duram pouco.
Então vivo com pessoas cheias de tudo e felizes de nada.E triste sou quando vivo com elas.
Culpa minha, poderia lhes proporcionar a paz de ser humanamente consciente de que devo fazê-las alegres, em vez de tristes?
Seja como for eu não desisto, o que há dentro da minha cabeça, não tem porque de existir e nem tempo.
Tenta controlar-me em vão.O que penso é somente meu e nenhuma força conseguirá arrancar isso de mim, muito menos compartilhar as dores e alegrias que habitam meu ser.
Posso fazer parte de muitas vidas e nada significar a elas.Pouco me importa, as vidas que realmente devem se encontrar duram pouco.
Então vivo com pessoas cheias de tudo e felizes de nada.E triste sou quando vivo com elas.
Culpa minha, poderia lhes proporcionar a paz de ser humanamente consciente de que devo fazê-las alegres, em vez de tristes?
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Conhecimento Indevido
Se a sabedoria permitisse, escolheria aceitar minha ignorância.Dessa maneira seria um ser descansado que não procura demais, talvez nem fizesse tantas perguntas e quem sabe as pessoas me aceitariam do jeito que seria.
Por esse lado um ser acomodado com o que sabe levaria uma vida tranqüila, sendo assim não correria riscos com o que lhe incomoda e tenta descobrir.
Um ser descansado não se preocuparia com regras, apenas obedeceria; não se importaria “se viemos do macaco ou se estamos indo em sua direção”.Não desejaria o proibido, limitaria seu conhecimento, o progresso do aprendizado, a necessidade de ser curioso.
Seria católico, rezaria um terço e pediria perdão a Deus, buscando seu “terreninho no céu”.E depois da penitência faria tudo errado de novo e pediria perdão.E não se questionaria porque o padre em seu sermão só faz perguntas para ele mesmo.E conseqüentemente não teria a honra de ter seu nome no Index.
Esse ser consumiria em demasia, andaria sempre na moda e valorizaria o que o outro tem.
Plastificado, fabricado, facilmente influenciado, uma máquina a favor do mundo que se apresenta.
E eu procuro uma verdade para justificar a minha grande farsa.
Por esse lado um ser acomodado com o que sabe levaria uma vida tranqüila, sendo assim não correria riscos com o que lhe incomoda e tenta descobrir.
Um ser descansado não se preocuparia com regras, apenas obedeceria; não se importaria “se viemos do macaco ou se estamos indo em sua direção”.Não desejaria o proibido, limitaria seu conhecimento, o progresso do aprendizado, a necessidade de ser curioso.
Seria católico, rezaria um terço e pediria perdão a Deus, buscando seu “terreninho no céu”.E depois da penitência faria tudo errado de novo e pediria perdão.E não se questionaria porque o padre em seu sermão só faz perguntas para ele mesmo.E conseqüentemente não teria a honra de ter seu nome no Index.
Esse ser consumiria em demasia, andaria sempre na moda e valorizaria o que o outro tem.
Plastificado, fabricado, facilmente influenciado, uma máquina a favor do mundo que se apresenta.
E eu procuro uma verdade para justificar a minha grande farsa.
sábado, 4 de agosto de 2007
Pessoas
Pessoas caminham pelas ruas
não reconheço seus rostos
não sei para onde vão
e porque passam tão apressadas
mas elas deixam marcas com seus olhares rápidos
a impaciência vira beleza
que admirável essa vida
tantas se encontram e não significam nada
apenas máscaras de alguém que somos no cotidiano
Algumas pessoas encantam com suas palavras
tão sensíveis e cruéis
enquanto o silêncio de algumas vai criando vida no papel
e vivendo nas entrelinhas da sombra de um desejo
E o beijo?
Pessoas beijam
Pessoas amam
Pessoas odeiam
Pessoas são apenas pessoas
Ah, mas o beijo
transformam elas em pessoas especiais que sabem amar
E será que todas amam?
Do jeito que passam apressadas correndo contra a própria vontade
observadas pelo vão de quem espera alguma coisa
esquecem de sorrir largamente
e admirar mais um dia que nasce
E esses dias que não acabam
as pessoas com suas mentiras
acomodadas com a escuridão
esquecendo os bons princípios
genuínas na ignorância
falantes são
mas não entendem o poder do silêncio
que as observa agora.
não reconheço seus rostos
não sei para onde vão
e porque passam tão apressadas
mas elas deixam marcas com seus olhares rápidos
a impaciência vira beleza
que admirável essa vida
tantas se encontram e não significam nada
apenas máscaras de alguém que somos no cotidiano
Algumas pessoas encantam com suas palavras
tão sensíveis e cruéis
enquanto o silêncio de algumas vai criando vida no papel
e vivendo nas entrelinhas da sombra de um desejo
E o beijo?
Pessoas beijam
Pessoas amam
Pessoas odeiam
Pessoas são apenas pessoas
Ah, mas o beijo
transformam elas em pessoas especiais que sabem amar
E será que todas amam?
Do jeito que passam apressadas correndo contra a própria vontade
observadas pelo vão de quem espera alguma coisa
esquecem de sorrir largamente
e admirar mais um dia que nasce
E esses dias que não acabam
as pessoas com suas mentiras
acomodadas com a escuridão
esquecendo os bons princípios
genuínas na ignorância
falantes são
mas não entendem o poder do silêncio
que as observa agora.
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
sábado, 28 de julho de 2007
Insanidade?
Minha loucura já está saturada, querendo vir ao mundo.Grávida dos meus desejos e receios, cuido deles como um filho aqui.Mas vejam só, como posso “parir”?Cada dia passa e minha bolsa está querendo estourar.O balão está cheio de ar.Preciso de uma agulha para furar a bolha que vivo.De tudo que evitei, de meus próprios pensamentos.Não há como deixa-los de lado, eles simplesmente latejam em sua mente pedindo uma chance.Querem voar, realizar e participar.Ter uma vida digna, com a certeza de fazer somente o bem e existir por um momento além daqui.Me falta coragem meu caro amigo, tenho muito o que viver até realizar as ínfimas partículas do que tenho medo.De aceitar a verdade sem preconceito.E inquietar o espírito, aprendendo que saber demais é um erro.Quero repartir- me em muitas, dividir meu algodão doce e soprar bolhinhas de sabão.Girar e ficar tonta.Ser feliz com o mínimo.Sentindo tudo e não apenas ouvindo.Fechar os olhos confiando no outro.Esquecer de dogmas, tabus, padrões,regras...sendo ridículo.Há tantas coisas por aqui, que não me deixam feliz, que não me deixam triste.O pote foi agitado, foi misturado doce com amargo.E andando por aí vendo as faces da realidade, observo que tem coisas que não fazem sentido.Como que no meio de tanta riqueza e informação, temos ainda pobreza e ignorância?Por que os olhos vêem e distorcem o que é real?Para que tanta contradição, mentiras, egoísmo; para no fim castigarmos a nós mesmo pelo o que vivemos?Temos que viver pelo o que é importante, e quem irá sacrificar a sua vida pelo outro?Realmente não compreendo e ainda procuro respostas, antes que minha insanidade de querer mudar as coisas querer vir ao mundo.Estou no meu limite, e gostaria de escrever alguma coisa melhor que essa porcaria de texto.
Eu quero sol na minha montanha.
Eu quero sol na minha montanha.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Cansei
Definitivamente.
O que será não importa mais; não vai ser do jeito certo.
Do jeito que eu quero.
Desejo que isso passe...
E não volte enquanto eu enfraqueço
Eu quero dormir; me entorpeça!
Não quero tomar consciência de mim
E retomando as forças, eu calculo o tempo perdido.
As ruas vazias me esperam
Os olhares evasivos me espiam
Arde o futuro
Incerto e inseguro
Projetando uma estátua de mim sem coração.
O que será não importa mais; não vai ser do jeito certo.
Do jeito que eu quero.
Desejo que isso passe...
E não volte enquanto eu enfraqueço
Eu quero dormir; me entorpeça!
Não quero tomar consciência de mim
E retomando as forças, eu calculo o tempo perdido.
As ruas vazias me esperam
Os olhares evasivos me espiam
Arde o futuro
Incerto e inseguro
Projetando uma estátua de mim sem coração.
segunda-feira, 23 de julho de 2007
As cortinas se fecham
Sim, eu sinto falta do ébrio;
das luzes
dos braços suspensos ao ar.
As mãos acariciando as estrelas
o perfume do movimento,
tocando e invadindo o íntimo.
Dos sonhos
da dor
do brilho no olhar
da emoção...
sobrepondo o pensamento cru.
Do rodar das saias
circulando os desejos
preenchendo os restos
encantando o coração.
E o vazio que não era mais
na última camada
o espírito em paz e o corpo em vão
fazendo de ti um ser pleno dançando.
das luzes
dos braços suspensos ao ar.
As mãos acariciando as estrelas
o perfume do movimento,
tocando e invadindo o íntimo.
Dos sonhos
da dor
do brilho no olhar
da emoção...
sobrepondo o pensamento cru.
Do rodar das saias
circulando os desejos
preenchendo os restos
encantando o coração.
E o vazio que não era mais
na última camada
o espírito em paz e o corpo em vão
fazendo de ti um ser pleno dançando.
domingo, 15 de julho de 2007
"Estamos vivos, ouviu bem!? Mas só por esta vez. Podemos dizer, de braços abertos, que existimos! Mas logo somos colocados de lado e enfiados no saco das trevas da história. Pois somos criaturas sem retorno. Somos parte de um eterno baile de máscaras, em que os mascarados vêm e vão. Só acho que mereceríamos coisa melhor... Você e eu mereceríamos ter nossos nomes gravados em alguma coisa eterna, que não fosse apagada como o mar que destrói o castelo de areia"
O dia do Coringa - Jostein Gaarder
O dia do Coringa - Jostein Gaarder
sábado, 14 de julho de 2007
Eu vi um passarinho morto
Tornou a manhã cinzenta, mais uma vida que se vai sem ser enterrada, morreu aqui nessa casa, leve com você meu pranto...Descansa e veja um novo sol.
Pobre criatura, deve ter morrido electrocutada por esses fios pretos que cortam o céu.Os seus se despedem do modo mais dolorido, tentando reconhecer o morto vivo.
A frágil vida, tão amarga e quente, doce nas margens e ácida no interior, que nem limão.
E o que posso tirar disso?É um ciclo vicioso.As vidas nascem e morrem.Coisa mais “nonsense”.
É um nariz sangrando depois de um soco e você enche de algodão, ignorante; pra parar o sangue; é o caco de vidro entre os dedos; a língua queimada; o céu da boca rasgado; a afta e o sal; a dor de dente. É a dor da vida.É dor de gente.
Não pare pra pensar e se culpar pelo seu viver, vá em frente e não perca tempo há muito sangue para ser derramado e muitas nuvens de algodão pra desabar na sua cabeça.
As estrelas roxas colorem o céu daltônico, ele é da cor que você vê.
Hoje é amanhã e ontem é hoje.Então corra pelos campos amarelados e respira melodia.
Voe pelo chão, grite para a sua mãe pedindo socorro.
Não estou louca, bêbada, perturbada.Eu estou escrevendo o que penso.E penso que o mundo é cores, mesmo que você não possa enxergá-las.
O céu está sem estrelas, mas eu sei que elas estão no mesmo lugar, tocadas pelo silêncio.
A beleza de duas formas que é a vida.
Pobre criatura, deve ter morrido electrocutada por esses fios pretos que cortam o céu.Os seus se despedem do modo mais dolorido, tentando reconhecer o morto vivo.
A frágil vida, tão amarga e quente, doce nas margens e ácida no interior, que nem limão.
E o que posso tirar disso?É um ciclo vicioso.As vidas nascem e morrem.Coisa mais “nonsense”.
É um nariz sangrando depois de um soco e você enche de algodão, ignorante; pra parar o sangue; é o caco de vidro entre os dedos; a língua queimada; o céu da boca rasgado; a afta e o sal; a dor de dente. É a dor da vida.É dor de gente.
Não pare pra pensar e se culpar pelo seu viver, vá em frente e não perca tempo há muito sangue para ser derramado e muitas nuvens de algodão pra desabar na sua cabeça.
As estrelas roxas colorem o céu daltônico, ele é da cor que você vê.
Hoje é amanhã e ontem é hoje.Então corra pelos campos amarelados e respira melodia.
Voe pelo chão, grite para a sua mãe pedindo socorro.
Não estou louca, bêbada, perturbada.Eu estou escrevendo o que penso.E penso que o mundo é cores, mesmo que você não possa enxergá-las.
O céu está sem estrelas, mas eu sei que elas estão no mesmo lugar, tocadas pelo silêncio.
A beleza de duas formas que é a vida.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Pedaços
É complicado falar, quando tudo o que você tem a dizer está além das palavras.
Os gestos, os olhares, a boca...
Talvez muito mais que humano, que o cotidiano.
Incertezas tomaram conta do meu ser, de modo que tudo é certo, mas não praticável; sem uso, esquecido, deixado de lado por medo da verdade, do autêntico.
Simples, o que tenho que transformar em falas ou gestos.Sem palavras complicadas, explicações longas, sem hesitação.Apenas o silêncio...
Como uma canção de ninar para acordar a tarde e acalmar a noite.
Encanto.
Os gestos, os olhares, a boca...
Talvez muito mais que humano, que o cotidiano.
Incertezas tomaram conta do meu ser, de modo que tudo é certo, mas não praticável; sem uso, esquecido, deixado de lado por medo da verdade, do autêntico.
Simples, o que tenho que transformar em falas ou gestos.Sem palavras complicadas, explicações longas, sem hesitação.Apenas o silêncio...
Como uma canção de ninar para acordar a tarde e acalmar a noite.
Encanto.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
Minta
Olhe a sua volta
Sou eu, você e o mundo
E nada importa, além do vento forte lá fora
Abafa o que deves me dizer baixinho no ouvido
Mas não é o bastante
Precisamos de música
Acompanha-me nessa dança?
Não me olhes com esses olhos
Não me verás assim
Apenas minta
Para mim
E nessa dança, quem sabe me apaixone
Pelas suas doces mentiras.
Aurora ou Crepúsculo?
Tanto faz
Sem detalhes
Um retrato comum de nós dois
Gravado na minha memória
Inesquecível...
Lágrimas não quero mais
Realizar;
Fazer da poesia a própria vida
Sem ser poeta, mas fingindo amar.
Eu vou!
Achar-te.
Sou eu, você e o mundo
E nada importa, além do vento forte lá fora
Abafa o que deves me dizer baixinho no ouvido
Mas não é o bastante
Precisamos de música
Acompanha-me nessa dança?
Não me olhes com esses olhos
Não me verás assim
Apenas minta
Para mim
E nessa dança, quem sabe me apaixone
Pelas suas doces mentiras.
Aurora ou Crepúsculo?
Tanto faz
Sem detalhes
Um retrato comum de nós dois
Gravado na minha memória
Inesquecível...
Lágrimas não quero mais
Realizar;
Fazer da poesia a própria vida
Sem ser poeta, mas fingindo amar.
Eu vou!
Achar-te.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Não gostou?Mata!Vomita!Suicida!Mas não cometa o mesmo erro
Somos nós!Canibais de almas.Devoramos os bons frutos, enraizamos as sementes podres.
E o que nós vamos colher?
Míseras caridades, compaixão?
O que esperar de um ser tão domesticado e alienado que nem o humano?
Nada, além de ingratidão e ceticismo, ou pior, idéias inflexíveis e ideais comprados.
Heróis patológicos, naturalmente anônimos jogando pedras no oceano.
Sorrisinhos amargos e insensatos recebemos como o “pão de cada dia”.
E de uma maneira patética as pessoas tentam ver o mundo melhor, mas cometendo as escolhas erradas.
Acreditando em salvação, não sabendo que o nosso único céu está virando inferno.
Recebendo ordens inferiores de mentes maquiavélicas.
Os jovens pegam os seus brinquedos e se escondem debaixo da cama, criando imagens distorcidas de si mesmo.
As crianças choram pela infância perdida, pelo mundo que mal conhecem já se declarar tão cruel.
Pela televisão mentir com novelas estúpidas e esconder quem diz a verdade.
E por toda forma de governo que se baseia no egocentrismo e poder exagerado (que já não é mais poder).
E que podemos fazer?
Não encontro respostas nos livros.
E nem caminhos.
E o que nós vamos colher?
Míseras caridades, compaixão?
O que esperar de um ser tão domesticado e alienado que nem o humano?
Nada, além de ingratidão e ceticismo, ou pior, idéias inflexíveis e ideais comprados.
Heróis patológicos, naturalmente anônimos jogando pedras no oceano.
Sorrisinhos amargos e insensatos recebemos como o “pão de cada dia”.
E de uma maneira patética as pessoas tentam ver o mundo melhor, mas cometendo as escolhas erradas.
Acreditando em salvação, não sabendo que o nosso único céu está virando inferno.
Recebendo ordens inferiores de mentes maquiavélicas.
Os jovens pegam os seus brinquedos e se escondem debaixo da cama, criando imagens distorcidas de si mesmo.
As crianças choram pela infância perdida, pelo mundo que mal conhecem já se declarar tão cruel.
Pela televisão mentir com novelas estúpidas e esconder quem diz a verdade.
E por toda forma de governo que se baseia no egocentrismo e poder exagerado (que já não é mais poder).
E que podemos fazer?
Não encontro respostas nos livros.
E nem caminhos.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Novamente
Não quero pensar que em algum momento fui indiferente a tantas reações excitantes.
Jamais.
Calúnia minha em relação ao que penso; desculpas eu peço, traí minhas expectativas.
As coisas mudam, não de lugar e sim de estações.
Louca eu imaginar que tudo permaneceria genuíno e inocente.
Malditos números, talvez se não existissem dessa maneira esqueceria que tudo envelhece.
E não esperaria por muito tempo sentado aqui debaixo da nuvem negra e da árvore marrom.
Enquanto a chuva não chega, eu fico aqui amaldiçoando as horas e o sol maldito também.
Preocupo-me com o que vem depois; por isso não vivo.Sonho e vejo tudo passar.
Não quero ser lembrada, nem que meu nome seja lapidado, de maneira alguma.
Quero permanecer lapidada na vida, depois a morte há de se encarregar com o que fazer de meu nome.
E por favor, nada de números.
Já não basta minha vida - relógio?
Eu quero uma porção de formas!Nada de rodas...
As rodas já passaram por minha vida com um azul intenso sobre um sol alaranjado.
Só me restam as notas, os ponteiros, botões, pontos, cantos, sinais e algo mais.
Os meus pensamentos latejantes.
Jamais.
Calúnia minha em relação ao que penso; desculpas eu peço, traí minhas expectativas.
As coisas mudam, não de lugar e sim de estações.
Louca eu imaginar que tudo permaneceria genuíno e inocente.
Malditos números, talvez se não existissem dessa maneira esqueceria que tudo envelhece.
E não esperaria por muito tempo sentado aqui debaixo da nuvem negra e da árvore marrom.
Enquanto a chuva não chega, eu fico aqui amaldiçoando as horas e o sol maldito também.
Preocupo-me com o que vem depois; por isso não vivo.Sonho e vejo tudo passar.
Não quero ser lembrada, nem que meu nome seja lapidado, de maneira alguma.
Quero permanecer lapidada na vida, depois a morte há de se encarregar com o que fazer de meu nome.
E por favor, nada de números.
Já não basta minha vida - relógio?
Eu quero uma porção de formas!Nada de rodas...
As rodas já passaram por minha vida com um azul intenso sobre um sol alaranjado.
Só me restam as notas, os ponteiros, botões, pontos, cantos, sinais e algo mais.
Os meus pensamentos latejantes.
terça-feira, 3 de julho de 2007
segunda-feira, 2 de julho de 2007
É
E na agonia...
Tudo paira no ar; aquele que sobre a sua cabeça surge às trevas.
Minhas amigas diria.O que seria de mim se não houvesse a dúvida?
Não quero ter a certeza do que sou, e sim que posso ser melhor e claramente simples.
Sem a ignorância que atravessa a mente, as barreiras que impedem passos à frente.
Sem meu medo não seria eu.Não seria ninguém, pois o medo é o que me mantém viva nessa doce tristeza.
Delicioso o acre deixado na boca, quando tudo permanece instável; à espera de surpreendentes sensações.
Ouvindo atentamente a várias línguas, ficando surda e muda; apenas observando a fumaça ir aos céus depois da queima.
As cinzas ficaram, foi o que restou do choro pelo ardente desejo de liberdade.
Há lá fora uma opção.Sobras do que me angustiaram por tanto tempo; agora quero ser livre de todo esse desamor que é a vida.
E se o vento assim aceitar, eu irei atrás da minha estrela.
Apesar de eu sentir o peso sobre as minhas costas, de todas as coisas que não resolvi e finjo não sentir falta; eu quero sentir a alegria tomar conta do meu dia e fugir de mim.
Não há nada pior que você mesmo com toda a sua melancolia acompanhar os sorrisos que brotaram da sua face.
Sim quero ficar inconsciente.De quem sou, fiz, não fiz, irei realizar, enfim o que está na superfície dos sonhos e devaneios.
Se for preciso saio de mim, não existo, por um breve momento de prazer.
Insignificante número que possa me proporcionar à leveza de um olhar que me tome às dores e tire esse peso de minhas doloridas costas.
É que vou caminhar, mesmo pisando nas folhas que secaram e sentindo o cheiro da terra molhada a minha volta.O sol brilhando diabolicamente a minha vista e uma nuvem negra para me fazer sorrir diante de tanta loucura.
Acredito que as nuvens passam e outras cinzas tomam o seu lugar.
O sol nasce e se põe, e a noite vem pra ficar.
E ao fechar os olhos, isso, aquilo e tudo mais, não passarão de um mero detalhe.
Aquele o qual lhe perturba o dia vazio e não lhe deixa dormir.
Mesmo acorrentado eu vôo...
Sobre a sua casa, a esquecida praça, mergulho no mar frio, sento me ao teu lado, escuto o vento, o silêncio, danço nos telhados, caminho sobre os velhos trilhos, reconheço meu passado, nada penso do futuro; só tenho a certeza que atrás desse muro tem outra parede.
E diante de tantas portas, eu só fico com uma chave que só pode abri-las uma vez.
Tudo paira no ar; aquele que sobre a sua cabeça surge às trevas.
Minhas amigas diria.O que seria de mim se não houvesse a dúvida?
Não quero ter a certeza do que sou, e sim que posso ser melhor e claramente simples.
Sem a ignorância que atravessa a mente, as barreiras que impedem passos à frente.
Sem meu medo não seria eu.Não seria ninguém, pois o medo é o que me mantém viva nessa doce tristeza.
Delicioso o acre deixado na boca, quando tudo permanece instável; à espera de surpreendentes sensações.
Ouvindo atentamente a várias línguas, ficando surda e muda; apenas observando a fumaça ir aos céus depois da queima.
As cinzas ficaram, foi o que restou do choro pelo ardente desejo de liberdade.
Há lá fora uma opção.Sobras do que me angustiaram por tanto tempo; agora quero ser livre de todo esse desamor que é a vida.
E se o vento assim aceitar, eu irei atrás da minha estrela.
Apesar de eu sentir o peso sobre as minhas costas, de todas as coisas que não resolvi e finjo não sentir falta; eu quero sentir a alegria tomar conta do meu dia e fugir de mim.
Não há nada pior que você mesmo com toda a sua melancolia acompanhar os sorrisos que brotaram da sua face.
Sim quero ficar inconsciente.De quem sou, fiz, não fiz, irei realizar, enfim o que está na superfície dos sonhos e devaneios.
Se for preciso saio de mim, não existo, por um breve momento de prazer.
Insignificante número que possa me proporcionar à leveza de um olhar que me tome às dores e tire esse peso de minhas doloridas costas.
É que vou caminhar, mesmo pisando nas folhas que secaram e sentindo o cheiro da terra molhada a minha volta.O sol brilhando diabolicamente a minha vista e uma nuvem negra para me fazer sorrir diante de tanta loucura.
Acredito que as nuvens passam e outras cinzas tomam o seu lugar.
O sol nasce e se põe, e a noite vem pra ficar.
E ao fechar os olhos, isso, aquilo e tudo mais, não passarão de um mero detalhe.
Aquele o qual lhe perturba o dia vazio e não lhe deixa dormir.
Mesmo acorrentado eu vôo...
Sobre a sua casa, a esquecida praça, mergulho no mar frio, sento me ao teu lado, escuto o vento, o silêncio, danço nos telhados, caminho sobre os velhos trilhos, reconheço meu passado, nada penso do futuro; só tenho a certeza que atrás desse muro tem outra parede.
E diante de tantas portas, eu só fico com uma chave que só pode abri-las uma vez.
domingo, 1 de julho de 2007
O que será, que será?
Que vive nas idéias desses amantes?
Que cantam os poetas mais delirantes?
Que juram os profetas embriagados?
Que está na romaria dos mutilados?
Que está na fantasia dos infelizes?
Que está no dia a dia das meretrizes?
No plano dos bandidos, dos desvalidos?
Em todos os sentidos.
Será, que será.
O que não tem decência, nem nunca terá?
O que não tem censura, nem nunca terá?
O que não faz sentido?
Chico Buarque.
Que vive nas idéias desses amantes?
Que cantam os poetas mais delirantes?
Que juram os profetas embriagados?
Que está na romaria dos mutilados?
Que está na fantasia dos infelizes?
Que está no dia a dia das meretrizes?
No plano dos bandidos, dos desvalidos?
Em todos os sentidos.
Será, que será.
O que não tem decência, nem nunca terá?
O que não tem censura, nem nunca terá?
O que não faz sentido?
Chico Buarque.
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Pontos.
Quem foi?Eu tenho o direito de saber.
Se não sou feliz, para que viver.
Porque me amas?Se não sou capaz de pensar em mim mesma.
Cadê meu egoísmo?A minha beleza?
Tão jovem...
E tão amarga.
Não mereço ser eu.
Não faço mal a ninguém, muito menos bem.
Minha rosa onde foi parar?
Uma tola juvenil sem romance...
Esqueci de mim, sou apenas o delírio.
Onde fica o inferno?É pra lá que eu vou.
A louca!...
É assim que eu sou.
Se não sou feliz, para que viver.
Porque me amas?Se não sou capaz de pensar em mim mesma.
Cadê meu egoísmo?A minha beleza?
Tão jovem...
E tão amarga.
Não mereço ser eu.
Não faço mal a ninguém, muito menos bem.
Minha rosa onde foi parar?
Uma tola juvenil sem romance...
Esqueci de mim, sou apenas o delírio.
Onde fica o inferno?É pra lá que eu vou.
A louca!...
É assim que eu sou.
terça-feira, 26 de junho de 2007
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Sem - Sentido
É melhor as coisas que fazem sentido, do que as que não fazem sentido nenhum.
O que faz sentido está no lugar certo, no momento propício, em seu tempo.
E o que não faz sentido não tem lugar, nem momento e o tempo corre a frente dos pensamentos.
O sentido é pleno, o sem sentido é dúvida.
E o que faz sentido é realidade.E o que não faz é sonho.
Tem coisas que são complicadas e sem sentido, enquanto outras são simples e compreensíveis.
O sentido da vida é viver, e o seu sem sentido é entendê-la.
Então estamos aqui vivendo e não entendendo, pois quando mais vivemos a maioria das coisas não parecem ter razão, pois elas têm um sentido o qual é melhor esconder e fingir que não significam nada.
Colocamos nomes no que é concreto para fazer algum sentido, tocamos e manipulamos à nossa maneira.Já no que é abstrato como os sentimentos, não podemos nem tocar e nem manipular, e muito menos colocar nomes só pra fazer sentido. É preciso sentir e compreender o seu significado, e isso quer dizer que não faz o menor sentido, pois simplesmente acontecem e nem sempre é como esperamos.
Com sentido ou não tudo vai seguir seu devido rumo, da pior ou da melhor maneira.Só depende do que faremos durante esse percurso, e provavelmente o que fazemos hoje não faz sentido, mas quando olharmos para trás terá seu sentido comum.
A busca pelo sentido que emana do rio de dúvidas em cada mente tem sentido.Questionar o sem sentido da vida, é procurar respostas para o que se vive e o que importa.Chega um momento que nada faz sentido ao ponto que tem que fazer algum sentido.
E qual é a diferença?
O que faz sentido está no lugar certo, no momento propício, em seu tempo.
E o que não faz sentido não tem lugar, nem momento e o tempo corre a frente dos pensamentos.
O sentido é pleno, o sem sentido é dúvida.
E o que faz sentido é realidade.E o que não faz é sonho.
Tem coisas que são complicadas e sem sentido, enquanto outras são simples e compreensíveis.
O sentido da vida é viver, e o seu sem sentido é entendê-la.
Então estamos aqui vivendo e não entendendo, pois quando mais vivemos a maioria das coisas não parecem ter razão, pois elas têm um sentido o qual é melhor esconder e fingir que não significam nada.
Colocamos nomes no que é concreto para fazer algum sentido, tocamos e manipulamos à nossa maneira.Já no que é abstrato como os sentimentos, não podemos nem tocar e nem manipular, e muito menos colocar nomes só pra fazer sentido. É preciso sentir e compreender o seu significado, e isso quer dizer que não faz o menor sentido, pois simplesmente acontecem e nem sempre é como esperamos.
Com sentido ou não tudo vai seguir seu devido rumo, da pior ou da melhor maneira.Só depende do que faremos durante esse percurso, e provavelmente o que fazemos hoje não faz sentido, mas quando olharmos para trás terá seu sentido comum.
A busca pelo sentido que emana do rio de dúvidas em cada mente tem sentido.Questionar o sem sentido da vida, é procurar respostas para o que se vive e o que importa.Chega um momento que nada faz sentido ao ponto que tem que fazer algum sentido.
E qual é a diferença?
domingo, 17 de junho de 2007
Tudo vai ficar assim...
Ninguém morreu,mas as mentes estagnaram apesar do frescor
Agora o silêncio emana a cada gota de orvalho
Pra que falar?
Nada vai mudar mesmo
Tudo vai ficar assim,calmo e retardado
É um dia,um único dia molhado
E o tempo passa...passa...passa...e passa
E quem se importa? Vejo o mundo pela janela fechada
Que não me diz nada...
Nesse processo inverso, meus pensamentos ao avesso,suspenso
O relógio e seus pontinhos
A vida e seus caminhos
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